Horário de Brasília

sexta-feira, julho 28, 2006

BOMBA! - Mais uma vez... CENSURA!

O Tribunal Superior Eleitoral censurou 360 mil exemplares de um periódico produzido por sindicatos e pela CUT. PFL e PSDB, encabeçados por Alckmin, foram os autores do ato de cerceamento.
Por Peu Lucena

Não! Essa manchete não é alucinação sua, e esse lead é o retrato mais cruel e pessimista da realidade da imprensa brasileira. Dessa vez não se trata de um jornal universitário, muito menos de reitores insanos. Agora estamos falando de candidatos à presidência que lançam o clássico cala a boca sobre a classe trabalhadora do país, deixam claro seus liberalismos hipócritas e dão uma lição de como fazer calar aqueles que incomodam.

A coligação “Por um Brasil Decente” (faz-me rir!)- PSDB/PFL - entrou com representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral contra a regional de São Paulo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) por conta da veiculação da primeira edição da Revista do Brasil. Munidos de argumentos hipócritas e oligárquicos, a turma conservadora convenceu TSE, que proibiu a distribuição e divulgação da revista por qualquer meio, sob pena de multa.

A revista em questão foi lançada em maio com o intuito de fazer chegar aos cerca de 360 mil associados desses sindicatos “informação apresentada sob a ótica dos trabalhadores”. O primeiro número trazia na capa o presidente Lula e uma matéria analisando os motivos que o levam a permanecer com a popularidade em alta, apesar da crise política do ano passado.

A dupla dinâmica (PSDB e PFL) alegava que a divulgação da revista seria prática de conduta ilícita, porque algumas das matérias supostamente visavam “ressaltar a suposta força eleitoral do atual presidente da República, ao informar que seu governo não desmantelou programas sociais e não privatizou direitos sociais e culturais” (por mais que odiemos o Lula, isso não é mentira!) segundo texto divulgado no sítio do TSE.

“A revista traz ainda matérias sobre comportamento, saúde, futebol, dicas culturais. Ou seja, não tem nada de eleitoreira e ofensiva”. Afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo.

Se o TSE parte desse princípio grotesco e descabido, e acima de tudo, se arma com argumentos mongóis e que desafiam a (pouca) inteligência do cidadão brasileiro, deveria também recolher de circulação revistas como a Época, Isto é, a nossa surreal Veja, além de 90% de todos os jornais do Brasil. Censurar um veículo de imprensa (aqui está o grande crime!) pelo fato deste veicular matérias políticas, é embarcar em uma nóia anormal de cinismo, é como querer prender todos os ingleses que tomam chá, os baianos que comem farinha, os políticos que roubam... vejam só! Um absurdo!

quinta-feira, julho 27, 2006

POEMA - Tem dia...

Tem dia que eu to grande,
Tem dia miudinho.
Tem dia confiante,
Tem dia que eu to falante,
E em outro caladinho.

Num dia tô maduro,
No outro infantil.
Tem dia que dez bastam,
No outro quero mil.

Tem dia que eu to certo,
No outro duvidoso.
Tem dia que eu to perto,
Tem dia que eu to esperto,
E tem dia preguiçoso.

Num dia quero um,
No outro quero outro.
Num dia quero os dois,
Quero agora e não depois.
Nos dias que te encontro.

Tem dia que é todo bom,
Tem dia que é meio dia.
Mas é bom saber,
E descobrir que te ver
É a melhor parte do meu dia.


Peu Lucena

sexta-feira, julho 21, 2006

OPINIÃO - BRASILEIROS: Pacíficos e Burros!

Por Carmen Gonçalves

Nas eleições de 1998, Luiz Estevão foi eleito senador pelo PMDB do Distrito Federal. Em 2001, após uma série de denúncias que o envolviam nas mais cabeludas falcatruas com o dinheiro público, o Congresso Nacional votou a sua cassação. No painel eletrônico da Casa o senador foi derrotado, saindo assim, da cena política por pelo menos 8 anos. Foi então que o então senador José Roberto Arruda (candidato hoje ao Buriti, mas que coisa hein?) do PFL entrou em ação. Arruda imprimiu a lista dos votos, secretos, diga-se de passagem, de todos os parlamentares indicando sim ou não à cassação. Esta lista foi entregue em mãos ao também senador Antônio Carlos Magalhães, que na época era o presidente do Senado.

Vamos começar da falha mais gritante: voto de parlamentar no Congresso não tem que ser secreto. Ora, pois então eu não tenho o direito de saber o que anda fazendo o meu representante? Quem ele anda beneficiando e no que ele anda votando? O escrutínio secreto favorece as manobras políticas e o joguinho de favores, somente uma forte, abrangente e consciente pressão social seria capaz de acabar com esta regra colonial e bizarra da nossa estrutura política.

Voltando ao Arruda. Ao ter acesso à lista, violando assim a segurança do escrutínio, o então senador pôs em cheque a sua ética e seu bom-senso. Seguindo orientações dos coronéis de seu partido, Arruda provou naquela ocasião que nunca mais deveria ser merecedor da confiança de brasileiro algum. O que ACM ia fazer com a lista, o que ele ia ganhar sabendo quem votou contra ou a favor são outros quinhentos. No fim, a imprensa caiu matando e tanto Arruda quanto ACM renunciaram para não correrem o risco de serem cassados.
Agora a parte cínica e aviltante da coisa: nas eleições de 2002 ambos candidataram-se a deputado federal e obtiveram esmagadora vitória nas urnas. ACM, pela Bahia, o seu curral eleitoral, e Arruda, pelo DF. E mais, o pefelista da capital arrebanhou mais de 250.000 votos, o que o colocou no posto de um dos mais votados, proporcionalmente, no país inteiro. E sem fazer esforço, Arruda quase não fez campanha.

Em outubro próximo, Arruda é candidato, nas urnas, ao Governo do Distrito Federal pelo PFL e, numa manobra política de mestre, conseguiu como seu vice Paulo Octávio, também do PFL – e que inicialmente, também era candidato a governador. Com uma chapa pura, Arruda, o cacique candango pefelista, conseguiu o apoio de fortes correntes políticas locais, como por exemplo, a do ex-governador Joaquim Roriz – que diz apoiar a candidata Maria de Lourdes Abadia, mas todo mundo sabe que o velho não apostaria em galinha morta. Arruda é favoritíssimo ao Buriti – sem segundo turno - e com um sorriso absolutamente estudado no seu rosto mostra que tem plena consciência disso.

É lamentável, extremamente lamentável essa passividade do brasileiro. Um traço cultural, algo que não vai mudar com facilidade, engloba questões culturais, históricas e ideológicas, um comportamento arraigado demais para ser dissipado em duas ou três gerações. Pior, o tempo vem mostrando que evolui com o passar dos acontecimentos. Aquilo que faz este povo avesso a guerras, intervenções, totalitarismos e golpes é o mesmo que o faz conformar-se, inibir-se e calar-se em momentos como este atual, de completo caos social. A tal “memória fraca”, que uns fazem questão de dizer que o brasileiro tem, é o exato retrato desta situação. Pouca memória, ou seja, extrema e maléfica tolerância. Principalmente em época de eleições, uma insuportável benevolência e uma simplicidade dispensável aliam-se à tolerância excessiva, irritante, facilitando de maneira inacreditável o caminho inescrupuloso de certas ratazanas até a mesa farta do poder. E em 2007, recomeça o banquete!

quinta-feira, julho 20, 2006

BRASIL - Varig à beira da falência, passageiros à beira da loucura!

Enquanto a crise da Varig não é resolvida, passageiros passam horas em aeroportos a espera de um reles Check-in.

Por Gabriela Rocha

O leilão de venda foi remarcado para esta quinta-feira (20 de julho) quando, finalmente, espera-se decidir o futuro da que era considerada a melhor companhia área brasileira até meados de junho deste ano, quando foi noticiada a possível falência da empresa. Enquanto a Varig enfrenta este processo decisório, TAM e Gol aproveitam espaços deixados com a crise financeira, e cobrem as concessões de 15 cidades no exterior e 22 brasileiras. Expandindo suas rotas e aumentando a área de cobertura de suas empresas.

Para os passageiros que compraram suas passagens com antecedência esta “novela” tem causado muitas preocupações e horas nos aeroportos. A companhia tem adotado a política do endossamento, que é tentar acomodar seus passageiros em vôos das concorrentes, ou se caso exigido pelo passageiro, o reembolso da passagem. Mas, como o período de alta temporada tanto pelas férias escolares no Brasil como pelas férias de verão na Europa e Estados Unidos, os passageiros da Varig têm encontrado muita dificuldade para embarcar.

No Aeroporto Internacional de Brasília a situação é muito crítica, existem relatos de passageiros que ficaram até três dias no local esperando sua passagem ser endossada. Vôos para o Nordeste são os mais requisitados, com listas de espera de até vinte pessoas. O mais estressante é como este procedimento de embarque é realizado, os passageiros na lista de espera aguardam até o “fechamento” da outra companhia, o que acontece 15 minutos antes do embarque, caso existam vagas é feito o check-in e o embarque imediato. O que gera muita correria e tensão nos que aguardam para embarcar.

O passageiro da Varig, Bruno Souza, comprou suas passagens para Natal, no Rio Grande do Norte, em meados de abril com o programa Smiles, a fim de garantir com antecedência suas férias na cidade. Por causa da situação da companhia só conseguiu embarcar dois dias após o que constava no bilhete original e depois de muita insistência e paciência em passar muitas horas no local aguardando uma vaga. Passageiros que estão em trânsito, ou seja, que ainda não estão no destino final, tem direito a hotel pago pela Varig para o número de pernoites passados nesta espera. Mesmo assim, prejuízos extras como atrasos em compromissos, alimentação no aeroporto não são cobertos pela empresa. Caso o passageiro sinta-se lesado por qualquer procedimento ocorrido deve recorrer aos funcionários da companhia e caso não resolvido ao Procon.

Esta situação, infelizmente, chegou a um ponto de descontrole que não deveria ter chegado. Agora é torcer para que esta situação se resolva e a companhia volte a operar normalmente pois para o Brasil é um prejuízo incalculável a falência de uma empresa do porte da Varig
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segunda-feira, julho 17, 2006

BRASIL – Só um baseadinho pode!

Lei aprovada pelo Senado acaba com prisão para usuários de drogas.
Por Peu Lucena
Só está faltando a sanção presidencial para que a nova lei possa entrar em vigor. Quem for pego usando ou portando drogas em quantidade comprovadamente individual receberá advertência, e em alguns casos prestará serviços sociais.

Tudo dependerá do humor do PM que abordar o usuário. Na pior das hipóteses, o sujeito será convocado ao Juizado Especial Criminal, não mais à delegacia, onde se responsabilizará em não repetir o ato (fala sério!) ou comparecer a algum programa educativo.

É mais ou menos o que sua mãe fazia quando você, aos 12 ou 13 anos, pedia pra beber. Ela com certeza vinha com aquele receoso: “Só uma cervejinha pode!”. É quase a mesma história. O Estado, culta e civilizadamente, acaba de dizer para os usuários: “Por nós, tudo bem. Só um baseadinho pode!”.

Enfim o tema das drogas começa a ser discutido seria e racionalmente no Brasil. È um pequeno passo a caminho de uma solução coerente com a realidade sócio-cultural brasileira, uma solução despida dos imortais estereótipos que cercam as drogas e quem faz uso delas.

Já dizia um amigo: “Se droga fizesse mal, ninguém tomava remédio!”. Creio que o radicalismo não deveria existir em nenhuma das partes envolvidas na problemática. Creio também que todas possuem sua parcela de verdade e seus percentuais de culpa na atual, e caótica, situação do comércio de ervas e drogas ilícitas no Brasil. Mas se existe algo que já está claro e perfeitamente ilustrado no país é que o foco do problema está em quem comercializa e não em quem consome a droga.

Fica claro que leis como essa levam uma carga tolerante e racional para com o usuário, mas ao mesmo tempo não se tornam evidentes o foco nem os objetivos que ela busca alcançar. Seria apenas um refresco para com os pequenos usuários, uma ponta de liberalismo civilizado meio ao conservadorismo secular, o que culminaria em uma legalização apropriada? Ou apenas um sinal verde, um apoio indireto a um setor que emprega milhões e milhões de brasileiros, o grande ‘mal necessário’ do nosso país, o narcotráfico?

quinta-feira, julho 13, 2006

ESPECIAL – 13 de Julho, dia mundial do Rock!

No dia 13 de julho é comemorado o Dia Mundial do Rock. Milhões de roqueiros por todo o mundo prometem tocar suas bandas prediletas no último volume para comemorar a data.

Por Dannyele Bernardes

Ahoje não existe ao certo uma data exata que marque o início do rock, mas a década de 50 é considerada fundamental para o estilo. Inovador e diferente de tudo que já tinha ocorrido na música, o rock unia um ritmo rápido com pitadas de música negra do sul dos EUA e o country. Uma das características mais importantes do rock era o acompanhamento de guitarra elétrica, bateria e baixo. Com letras simples e um ritmo dançante, caiu rapidamente no gosto popular.

Breve histórico:

Anos 50...
No ano de 1954, Bill Haley lança o grande sucesso Shake, Rattle and Roll. No ano seguinte, surge no cenário musical o rei do rock Elvis Presley. Unindo diversos ritmos como a country music e o rhythm & blues. O roqueiro de maior sucesso até então, Elvis Presley lançaria o disco, em 1956, Heartbreaker Hotel, atingindo vendas extraordinárias.

Anos 60...
Quatro jovens de Liverpool estouram nas paradas da Europa e Estados Unidos, em 1962, com a música Love me do. Os Beatles ganham o mundo e o sucesso aumentava a cada ano desta década.A década de 1960 ficou conhecida como Anos Rebeldes, graças aos grandes movimentos pacifistas e manifestações contra a Guerra do Vietnã.
Outro grupo inglês começa a fazer grande sucesso : The Rolling Stones.No final da década, em 1969, o Festival de Woodstock torna-se o símbolo deste período.

Anos 70...
De cara mais popular, e com o surgimento do videoclipe em decorrência da massificação da música. É a vez do heavy metal de bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. Por outro lado, surge uma batida dançante que toma conta das pistas de dança do mundo todo, como de Frank Zappa, Creedence Clearwater, e etc.Nessa década também, bandas de rock com shows grandiosos: Pink Floyd Genesis, Queen e Yes.

Anos 80...
Surge um new wave dançante no rock, e marcado pela variás tendências do rock, Talking Heads, The Clash, The Smith, The Police. A MTV é criada nos EUA, e impulsiona ainda mais o Rock, dedicando-se a mostrar o videoclipe das bandas e cantores. U2 aparece, com caráter forte e político, e Michael Jackson e Madonna roubam a cena.

Anos 90...
As fusões com o rock tomam conta. Bandas como Red Hot Chili Peppers e Faith no More misturam o heavy metal e o funk, ganhando o gosto dos roqueiros e fazendo grande sucesso. O grunge dispara com Nirvana, assim como Pearl Jam, e Alice in Chains. O rock britânico também tem seu espaço com Oásis, Supergrass.

De lá pra cá...
O rock ganha reforços eletrônicos. E as bandas de new metal, ou Nu Metal estouram no mundo, com partes vocais faladas e de gritos. Fazem parte desse grupo bandas como Limp Bizkit, Linkin’ Park, Korn e System of a Down. O som eletrônico também se funde com o rock, sendo comum nas raves ouvir o ritmo do trance embalado com guitarras elétricas.

Também temos nossos representantes brasileiros, que vai da Jovem Guarda, de Roberto e Erasmo Carlos, da década de 60, até Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, Blitz e Os Paralamas do Sucesso, que ainda estão aí, e as bandas que surgiram nos anos 90 e estamos curtindo nas rádios comoRaimundos, Charlie Brown Jr., Jota Quest, Pato Fu, Skank entre outros.

Seja como doutrina, religião, ou curtição , faz parte nossa história, evoluindo e se difundindo cada vez mais, nunca caindo na monotonia, com diversas categorias, sempre com jeito de roubar a cena do mundo musical. Viva o rock’n roll!

terça-feira, julho 11, 2006

CRÔNICA – Pudor, o Medo do Inferno Hi Tech.

Por Peu Lucena
Chegamos a um ponto onde os sentimentos e realizações não se completam. Estamos na era do quase. As coisas não se desenrolam, as pessoas não se arriscam, as idéias não ousam. A gente quase fez, quase conseguiu, foi quase bom.

Passamos toda a curta eternidade de nossas jovens vidas criando um monstro sobre as nossas asas do pudor, criamos essa criatura com adrenalina e arrependimento que se revezam no controle de nossas cabecinhas cheias de pudor, passamos toda a vida criando uma coisa tão bela, mas escondida. Criando coragem!

Se Elis Regina estivesse viva ia se desapontar ao ver que não somos como nossos pais. Somos o desenho mais estético e simples do comodismo. Nós penduramos quadros modernos nas mesmas “paredes do pudor” que nossos pais teimavam em derrubar quando jovens.

Existe um medo, uma vontade e um bloqueio que caminham juntos nas cabeças dos pequenos. Não agüento mais ir ao cinema ver filmes do Amodóvar, ou Betolucci e nas melhores cenas ouvir: “Nossa! Ela ta se masturbando. Eca! Ele beijou um cara. Meu Deus! Três pessoas na cama?! Ele lê poesia pro amigo!? Viado! Sapata! Que nojo! Eca! Eca! Eca!”

Quem vocês enganam, meus pobres hipócritas! De que tens medo?! De um julgamento hi tech? Como se na hora do juízo final (como final se eu já morri?!) o diabo puxasse uma pendrive de dois giga do bolso e mostrasse em telão de plasma os slides mais tórridos, perversos e “anormais” da sua vida. E Jesus (pobre Jesus!), apenas com um disquete na mão falasse: sinto muito! Você curtiu demais a sua vida, você experimentou demais o que os outros não achavam certo, você foi muito humano e humanos não entram no céu. Medo de que? Do inferno? Olhem pras suas consciências bloqueadas! Duvido que arda menos que o temível fogo do inferno!

domingo, julho 09, 2006

SAÚDE - Doenças do inverno

Com a chegada do inverno, ficam mais constantes as doenças que atacam a garganta e o aparelho respiratório. A equipe HB entrevistou Suzana Rosa, chefe de enfermagem de um Centro de Saúde em Brasília, que esclareceu dúvidas freqüentes sobre o assunto.
Por Dannyele Bernardes

Se você acha que em Brasília o frio está mais rigoroso este ano, acertou. Nos últimos dias, o céu tem sido encoberto por nuvens que diminuem a radiação do sol sobre a terra, e a sensação de que há mais frio aumenta. Diferentemente dos outros invernos, neste a umidade relativa está mais alta, e a probabilidade de se adoecer também. As mudanças de temperatura e de hábitos, provendo maior aglomeração de pessoas, favorece a disseminação das infecções que têm a via respiratória como meio de transmissão.

No trabalho, escola, shoppings e restaurantes nota-se ultimamente que sempre há pessoa que sentem indisposição, ou aquelas com espirros ininterruptos. Tosse, coriza, obstrução nasal, expectoração, febre, mal-estar e falta de apetite são sintomas dessas doenças, que se adquirem ou se acentuam com mudanças súbitas de temperatura, tais como gripe, resfriado, sinusite, alergia, e crises de rinite, bronquite e asma.

Entrevista com Suzana Rosa

HB: Como se dá o contágio destas?

SR:
Tanto resfriado, como gripe não são transmitidos pelo “frio”. Nós não o desenvolvemos, se não tivermos o contato direto com o vírus. Agora, uma coisa que não se diz, é que na verdade pode ter uma baixa na imunidade em decorrência do frio. E também, se você não estiver muito saudável, pegar uma corrente, ou ficar muito tempo sentindo frio, não é o fato de usar um agasalho que irá te impedir de pegar uma gripe; se você já tiver condições favoráveis, vai propiciar a instalação do vírus. Nessa época, as pessoas tendem a ficar em lugares fechados, e isso favorece o contágio.

HB: Porque favorece o contágio, e o que fazer para evita-lo?

SR:
Porque as pessoas estão muito próximas, e o ar ajuda a dispersar o vírus, no sentido de dificultar certas condições de transmissão do vírus, é importante manter-se em lugares ventilados, sempre. E por isso que no inverno, as pessoas adoecem mais. Em vez de irem pra um local aberto, preferem um lugar fechado para se isolarem do frio. Evitar aglomerados. No caso de evitar frio, ou gelado isso depende, vai de organismo para organismo, como já disse.

HB: Em caso de doenças semelhantes, o que fazer? Como diagnosticar?

SR:
A mais comuns, que são gripes e resfriados, a principal diferença está na gravidade. Nos dois pode-se ter febre, mais no resfriado é mais branda; Mal-estar nos dois casos, tosse produtiva (tosse com catarro), que o resfriado não possui, entre outros. Tem que se ir à procura de um médico para que se possa diagnosticar. Mas a maior dificuldade que se vê, é com a Pneumonia. Esta, principalmente em idosos, crianças e pessoas com deficiência imunitária, é importante frisar que toda Pneumonia tem tosse produtiva e alteração na freqüência respiratória, mas é sutil.


HB: E os remédios caseiros, funcionam mesmo?

SR:
Funcionam, mas tem que se ter cuidado, porque nem tudo que é natural é inócuo (no sentido de provocar um evento adverso). Por exemplo, se você toma um chá de uma planta, ou um remédio natural para baixar pressão, você pode abaixa-la demais. Não é preciso. As vezes, acontece também da pessoa ter alguma intolerância a alguma substancia do medicamento natural.


HB: Ultimamente, tem se escutado, que a melhor medida na prevenção da gripe, ou doença respiratória em geral, seria a vacina. Você concorda?

SR:
Com relação ao vírus, você só tem duas coisas a se fazer: primeiro é manter seu organismo rígido com boa alimentação, bebendo bastante líquido, praticar atividade física, ou seja promovendo saúde. A segunda, no caso especificamente com prevenção de doenças, a única que existe é a vacina. Ela é distribuída pelo PNI (Programa Nacional de Imunização), e em alguns casos pelos CRIAS (Centros de Referência Imuno-Biológicas Especiais), todos pelo Sistema Público. A vacina anti-gripal, em alguns casos especiais é distribuída para pessoas que tem deficiência imunológica, ou de outras patologias, por exemplo as soro positivas. Pelo PNI, sempre em abril, vacinamos idosos, pessoas acima de 60 anos, e os diabéticos. Mas no caso, se uma pessoa, que não se encaixa nos critérios acima quiser tomar a vacina, tem que procurar uma clínica e pagar por esta.

HB: Fale mais sobre a vacina, ela é mesmo 100% eficaz?

SR: A questão da vacina da gripe, vacinas em geral, é que são feitas de vírus, cerpas de anos anteriores. Porque, para fazer uma vacina do agente causador da doença, e o vírus da gripe sofre mutações. Então o vírus que circulou este ano, vai ser diferente do vírus que vai circular ano que vem. Como mecanismo de auto-preservação da espécie, ele vai sempre ser um vírus mais virulento (com maior capacidade de infectar). Então, o que se pode acontecer é que no caso do vírus em um certo ano, não estará contemplado na vacina. Não terá eficácia, podendo até provocar uma gripe.

Por isso, é importante frisar a promoção da saúde, e não a prevenção de doenças.

quarta-feira, julho 05, 2006

CURIOSIDADES - World Jump day!

Sabemos que a internet é uma fonte infindável de conhecimentos, incluindo os que classificamos como inúteis. Mais uma vez, ela no surpreende tentando mobilizar 600 milhões de pessoas para o dia mundial do pulo.

por Gabriela Rocha

Segundo o site do grupo ( http://www.worldjumpday.org/ ), cientistas alemães da ISA/Münshen publicaram uma reportagem que confirma a tese de que a órbita da Terra poderia ser alterada com um grande volume de pulos. Este movimento mudaria a órbita da terra diminuindo os efeitos do aquecimento global, estendendo o dia (aumentar as horas de iluminação) e criando um clima mais agradável no planeta. Os pesquisadores calculam que um mínimo de 600 milhões de pessoas do ocidente deveriam pular ao mesmo tempo para o plano funcionar.

A partir deste número que surgiu a idéia de mobilizar os voluntários para juntos realizar este salto trazendo o benefício para nosso planeta, segundo eles, é claro. Foi escolhido então, o dia 20 de julho para o Dia Mundial do Pulo, e como esse movimento precisa ser extremamente preciso, o site disponibiliza a hora, o minuto e o segundo exato para se pular, contribuindo para o deslocamento da terra. Para o Brasil dia 20 de Julho de 2006, exatamente às 08h 39m 13s. Faltando aproximadamente duas semanas para o grande dia já existem 585 milhões de pessoas cadastradas como voluntários, ou como foram batizados “jumppers” (pulantes).

É claro que toda esta teoria é uma grande brincadeira, já que é cientificamente provada a impossibilidade de ocorrência deste fenômeno. Umas destas justificativas é que no exato momento que os saltadores estivessem nos ar o eixo da terra poderia mover-se um pouquinho, mais seria restaurada posição original assim que todos, após a ação da gravidade, tocassem o solo novamente.

Piadas a parte, este evento nos faz perceber o grande poder de comunicação que a internet nos proporciona, pois o atual número de inscritos é estimado como 50% de todos os usuários de internet do mundo. E se depois disso você ainda está interessado em participar da grande piada do ano acesse (
http://www.worldjumpday.org/) e no dia 20 interrompa tudo que você estará fazendo lá pelas 8 e 30 da manhã e aguarde a hora do salto!

terça-feira, julho 04, 2006

MEIO AMBIENTE – Estão de olho (grande) na Amazônia!

Estrangeiros emitem diretrizes e documentos para a internacionalização da maior floresta tropical do planeta.
Por Peu Lucena

A Federação de Agricultura e Pecuária do Pará enviou uma correspondência à Rede Globo denunciando uma estratégia internacional para a “democratização” mundial da floresta amazônica. Foram apresentados dois documentos que expressam, sem mais delongas, a vontade dos países ricos de interferir e manipular nossa floresta.

O primeiro foi elaborado pelo Conselho Mundial das Igrejas Cristãs e diz o seguinte: “'A Amazônia total, cuja maior área fica no Brasil, mas compreendendo também parte do território venezuelano, colombiano e peruano, é considerada por nós como patrimônio da humanidade. A posse dessa imensa área, pelos países mencionados, é meramente circunstancial. É nosso dever defender, prevenir, impedir, lutar, insistir, convencer, enfim, esgotar todos os recursos que, devida ou indevidamente, redundem na defesa, na segurança, na preservação desse imenso território e dos seres humanos que o habitam e que são patrimônio da humanidade, e não patrimônio dos países cujos territórios pretensamente dizem lhes pertencer

O segundo documento não vai muito longe no cinismo com que é tratado nosso território. O mesmo, emitido pelo Banco Mundial, trata da estratégia econômica e da arrecadação de fundos para as pesquisas estrangeiras e a ocupação da Amazônia. Isso mesmo, ocupação. Para esses ingênuos gringos a região norte do Brasil ainda é despovoada, e cabe a eles o nobre papel de civilizá-la. Em nenhum momento são citados os 22 milhões de brasileiros que vivem na região amazônica, não são citados os projetos sociais para que primeiro eliminemos a fome e os crimes ambientais antes de estudarmos a região.

Não se prega o monopólio, não queremos, nem podemos, colocar a Amazônia em um baú e trancarmos as sete chaves. Mas queremos respeito, queremos parceiros, e não rivais. Não precisamos de patrões, precisamos de sócios!